Foto: Leomir Santana |
Conheça um pouco sobre a história do primeiro Convento de Santo Antônio do Paraguaçu, primeiro a ser
construído no Brasil após a independência da custódia de Portugal
através do decreto de Independência assinado pelo Ministro Geral da
Ordem Franciscana, o padre João de Nápoles.
Localizado na comunidade de São Francisco do Paraguaçu, zona rural de Cachoeira, no Recôncavo da Bahia, o convento foi o
segundo a ser construído pelos franciscanos no país. A Igreja foi
sagrada em 1660, quando teve início sua construção, e concluída
no ano de 1686, com muito trabalho árduo de escravos trazidos da
África. Após a conclusão, dentro do próprio convento foi
construída uma prisão para os escravos denominada salão do mar,
onde foram encontrados esqueletos enterrados de ponta cabeça com
correntes no pescoço. Isso acontecia porque quando a maré subia, os
escravos, que permaneciam acorrentados, morriam afogados.
Durante 43
anos, também funcionou um pequeno hospital no convento, conhecido
como Hospital de Nossa Senhora de Belém do Paraguaçu. Em 1729, o
hospital foi transferido para a cidade de Cachoeira, onde funciona
atualmente a Santa Casa de Misericórdia. Após a proibição
imperial de admitir noviços, o Convento e a Igreja de Santo Antônio
do Paraguaçu foram doados à Arquidiocese da Bahia. O conjunto é
tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional (IPHAN) desde 1941. As terras para a construção do
convento foram doadas pelo padre Pedro Garcia.
O conjunto possui
3.815 metros quadrados de área construída e chegou a abrigar 101
noviciados, totalizando 206 pessoas somando-se padres, freis e
dirigentes durante os anos de funcionamento. De acordo com Antônio
Garcia, funcionário da arquidiocese há quatro anos, o convento
recebe visitantes de várias partes do mundo. A última reforma
realizada no convento foi feita em 2004.
Leomir Santana
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