São Felix é uma dessas cidades que mais atrai turistas na região,
mas não é andando simplesmente pelas ruas da cidade que se pode conhecer seu
passado, existem museus ou centros culturais que mantêm documentos, objetos e
imagens possibilitando o acesso à origem do local.
A Casa da Cultura Américo Simas, por exemplo, com 140 anos,
funcionava, no passado, como uma fábrica de charutos da Dannemann e, em 1984,
se tornou um ponto de referência para a conservação da cultura local. O nome
Americo Simas foi dado em homenagem a um engenheiro do município responsável
pela construção da barragem da Pedra do Cavalo.
Beatriz Conceição, responsável pela casa, diz se sentir
muito feliz ao falar de cultura e principalmente da cultura de São Felix,
e informa sobre os eventos que acontecem
no espaço, como cursos de dança, teatro, barafunda e artesanato.
Em frente à orla de São Felix está o Centro cultural
Dannemann, uma das mais antigas fabricas de charutos do Recôncavo. Eventos como
a Bienal do livro, festival de filarmônica e apresentações ao público do
fabrico de charutos, além dos objetos que ajudavam na produção, estão
disponíveis ao olhar dos visitantes.
O museu Hansen Bahia complementa a história da cidade
através das obras de Karl Heinz Hansen, um alemão apaixonado pelo Recôncavo,
que adotou o “Bahia” no seu nome em homenagem à terra que o acolheu.
Nascido em 1915, foi escultor, pintor, cineasta e xilógrafo,
vindo a falecer em 1978. Doou, antes de sua morte, obras do acervo particular à
cidade de Cachoeira, criando a Fundação Hansen através de testamento em 1976.
Cinco anos após sua morte, Ilse Hansen, esposa, veio a
falecer e também através de testamento doou a casa dos Hansen na fazenda Santa
Barbara em São Felix. No museu, estarão obras da família como “Fim”,
“Macumba-Macumba”, “Escravos”; todos uma releitura dos poemas de Castro Alves
em xilogravura, arte que mais caracteriza o autor. Além dos objetos pessoais e
do acervo bibliotecário, estarão também obras de outros autores como Caribé,
Genaro de Carvalho e Mário Cravo.
Roberval
Santana