Por: Murilo Pinto Silva Santos
A
importância de praticar exercícios físicos diariamente, assim como os cuidados
necessários para sua execução, faz parte de uma temática frequentemente
difundida através dos diversos meios midiáticos. Contudo, encaro com grande
satisfação e desafio o convite para propor de forma clara e objetiva novas
reflexões que contribuam na otimização dos treinos.
Devemos
inicialmente compreender a diferença existente entre o que deveria ser e o que pode ser
concebido enquanto uma boa prática. Uma boa prática deveria está pautada
inicialmente na monitoração técnica profissional – educador físico,
nutricionista, fisioterapeuta e médico – na possibilidade de propor um programa
de intervenção multidisciplinar. Porém, é observada diante das baixas condições
populacionais de ordem econômica, que essa equipe é resumida na figura do
médico clínico, que em alguns casos exercem múltiplas funções.
Outro
fator que auxilia para um bom desempenho durante as práticas dos exercícios
físicos residem em uma alimentação equilibrada. Privilegiando um cardápio rico
em frutas, verduras e leguminosas, em função de uma baixa ingestão de óleos e
gorduras. Acredito ser de fundamental importância conhecer a pirâmide alimentar,
assim como seus componentes, ao passo que daria uma maior autonomia aos
indivíduos na construção dos seus cardápios diante das suas reais condições.
No que tange a hidratação, o indicativo propõe
que a cada 30 minutos de exercícios leves, ao exemplo de uma caminhada ou uma
curta pedalada, que reponha em 300ml a 500ml de água. Porém se essa atividade
for moderada ou vigorosa, que seja reposto a mesma quantidade ou maior em bebidas
isotônicas, comumente encontradas nos supermercados. Sendo que nesse segundo
caso é de fundamental importância o diálogo com profissionais da área
nutricional ou médica na condição de analisar se o praticante possui restrições
ao seu uso.
Agora
ao concentrarmos nossos olhares no decorrer da prática dos exercícios físicos é
notória a controvérsia que se estabelece a partir da dúvida em identificar qual
a sequência ideal para anteceder um programa de treinamento. Quem deve ser o primeiro, segundo ou
terceiro, alongamento, flexionamento ou aquecimento?
Para darmos inicio a essa questão tomarei a
iniciativa de propor uma analogia referente às fibras musculares. Então, vamos supor
que nossas fibras musculares fossem como imensos canudos de plásticos. Alguém
já percebeu o quanto é difícil esticar o canudo após beber um suco ou
refrigerante? Isso mesmo. É muito difícil mesmo. Agora se aproximássemos de uma
fonte de calor qualquer, do tipo da emitida pela chama de um fósforo ou vela,
observaremos o quanto essa ação ficará bem mais fácil.
Assim
como nessa metáfora, nossas fibras musculares reagem da mesma forma diante do
calor. Para podermos iniciar qualquer que seja o exercício, solicita-se a
realização de um breve alongamento, propondo uma espécie de despertar neuromuscular, para só então,
realizarmos os trabalhos de aquecimento, seguindo dos movimentos de flexibilidade.
As
roupas fazem parte de um aspecto de extrema importância no desenvolvimento das
atividades. Sendo responsáveis para uma boa mobilidade e conforto dos
movimentos. Porém, vale ressaltar a necessidade de uma avaliação nos aspectos clinico
e morfofuncional, executando a partir da intervenção profissional da área médica
e da educação física respectivamente, respeitando sempre os indicativos de
cansaço e dor demonstrado pelo corpo, cessando as sessões de treino quando tais
sintomas sejam prolongados.
Finalizo
ao dizer que o importante de tudo isso é se movimentar, pois a prática de
exercícios físicos permite a liberação de hormônios ao exemplo da endorfina,
responsável pela excitação e felicidade. É também uma excelente ferramenta no controle
das taxas da pressão arterial, glicose e colesterol. Prevenindo as cardiopatias
e diabetes, doenças essas caracterizadas por inúmeros fatores, dentre os quais,
podemos citar questões de origem genética e estilos de vidas desreguladas.